"Vilar de Predição" XXXI Congresso de Medicina Popular Vilar de Perdizes
Crenças e Superstições- Olhares Psicológicos
8 anos já lá vão e cá voltamos com novos horizontes ou além... porque transmontano jamais verga, não é Miguel Torga ;)
Um regresso com impulso do meu blogger colaborador SOPHIE CONCEPTS , que vejo crescer com raízes bem fortes. Visitem ;-)
Vamos lá "encantar a Mourisca"?
UM... dos eventos mais conhecidos do Barroso , terras da Galícia, e outros povos, É O FAMOSO E ANUAL, Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, hoje XXXI.
IMAGINAM?
Com encantamento e proteção de uma queimada e o enorme e generoso bem haja do convite da comissão organizadora, permitiram-me que hoje vos escrevesse, um dos eventos que frequento desde menina e me tem suscitado variados interesses.
A minha participação no ciclo de conferências do Congresso, teve lugar no dia 1 de setembro de 2017, após a abertura do congresso pela artista Adriana Henriques e, tendo como tema, as crenças e superstições na visão psicológica.
O comportamento supersticioso
A superstição segundo Luís Casulo (2001), compreende o vestígio de cultos desaparecidos, ou da deturpação, ou acomodação psicológica de elementos religiosos contemporâneos condicionados à mentalidade popular.
Enquanto psicóloga, tenho observado em várias situações profissionais e pessoais o impacto comportamental da crença supersticiosa e do seu envolvimento disfarçado nas rotinas diárias.
Sabemos ser racionais, “Homo Sapiens”, e como organizadores do mundo social, explicamos tudo com detalhe, por vezes com a ajudinha “Google”, argumentando conhecimentos e equacionalizando sentimentos, misturando pensamentos mágicos na nossa realidade.
Percepcionamos o que somos, vemos o que cremos, e atuamos motivados, sempre, mesmo que às vezes desconheçamos os porquês.
Desejamos tentar controlar a realidade?
Seremos mais eficazes quando usamos as nossas superstições. Quem nunca usou a caneta mágica num exame? Quem nunca se recusou passar debaixo das escadas? Quem nunca bateu três vezes na madeira?
Quem não deseja sorte em tudo o que faz? Estudos apontam que as mulheres são mais supersticiosas que os homens e que profissões de risco tendem a reforçar estes comportamentos.
Sabemos que o pensamento mágico pode almofadar as nossas competências. A psicologia positivista defende que pensar bem e saudavelmente ajuda a motivar-nos para uma determinada ação e objetivo, não é verdade? Contudo devemos saber que nem sempre o comportamento supersticioso é um padrão normalizado, e que por vezes torna-se patológico , presente em transtornos obsessivo- compulsivo e perturbação esquizofrénica. Em caso de dúvidas contacte um profissional.
Legenda:
Fotografias da autoria da Câmara Municipal de Montalegre e do fotógrafo Jorge Sepúlveda.
Livro, Etnografia Transmontana da autoria do Padre Fontes.
BEM HAJAM
MJoana Carvalho
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